

O mundo (social e cultural) que construímos é alucinado e alucinante.
Desligamo-nos do planeta, do ritmo da vida e da criação, das estações, do nascer e por do sol e da lua, do ritmo das marés e do pulsar geral da terra-mãe.
Colocamo-nos acima das restantes espécies (animais e vegetais)que connosco coabitam.
Criamos ilusões que transformamos em objectivos de vida e que a tudo se sobrepõem. Até a nós, seus criadores.
Mas ainda assim sentimos esta fome e sede de felicidade. Queremos, a todo o custo ser felizes!
Lembremos então, com N. Hawthorne, que « A felicidade é como uma borboleta que, quando perseguida, está sempre além do nosso alcance, mas que, se nos sentarmos calmamente, pode pousar sobre nós.»
Ser do contra
E ao contrário de repente
Ser do alto mar na terra
Impertinente
Ser do ar no chão
e consistente
Nada fácil
Viver-se contra a corrente
Incompatibilidades? diferenças? cor de pele, de pelo, de carapaça, de espécie?
Haverá aqui alguma lição para nós, humanos?
«A violência é muito mais do que inflingir danos físicos noutra pessoa. Algumas formas de violência podem ser muito mais devastadoras do que a violência física.
A violência pode assumir aspectos muito subtis. A separação que se faz entre "nós" e os "outros" é um acto de violência. Quando nos focamos nas diferenças entre as pessoas em vez de nos focarmos naquilo que nos é comum, inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, isso resulta em violência».
WEISS, Brian L, M.D.(2005 - 5ª edição). A Divina Sabedoria dos Mestres. Lisboa: editora Pergminho (142)
...maciço! Assustador na sua enormidade.
Intransponível a não ser por aves e só se forem invisíveis.
Os soldados podem abatê-las à vista...Estão lá para isso. Para abater à vista.
Mas a liberdade não conhece muros por mais esmagadores que sejam.
No deserto de algumas almas outras criaram uma grande sala de jantar com uma janela virada à floresta, ao lago e ao monte nevado.
Á vida.
Aos lugares onde ela fervilha e a paz amanhece.
Virtual ou não é uma vitória.
Uma janela rasgando o cimento, o betão.
Aberta.
Eterno cântico de auto-confiança e esperança onde cantam todos os amanhãs.
E por debaixo do muro a natureza (sapadora que não permite obstáculos) avança já.
P.S - amanhã, se puderem (e quiserem, claro) passem no ORGIA POLÍTICA .
É dia da minha pequena crónica.
Se o que o bom e velho Einstein aqui diz não acaba, mais de meio século depois, por ser identificado, primeiro pelos japoneses, depois pelos americanos, como o quociente emocional e sua importância na tomada de decisões, então não estou a raciocinar bem.
E vocês, o que acham?