segunda-feira, dezembro 31, 2007

Oferta de “varinha de condão”




Como anda meio mundo na costumeira excitação do final de cada ano, acreditando que num passe de mágica tudo se pode recompor e compor num mundo roto, velho, meio podre e adormecido em consequência de humanos actos, fui à procura de uma varinha de condão que aqui deixo esperando que os vossos pedidos sejam atendidos e os resultados positivos.




Assim seja.


E lembra que a magia anda no ar.

Agarra-a e usa-a em todos os restantes dias do ano.

Só assim tudo se concretizará e ganhará pleno sentido.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

evolução

NATAL é nascimento, logo, VIDA.
Mas falar, pensar: VIDA, implica pensar em condições de dignidade e respeito para todos os seres humanos na face desta “bola que rebola” pelo espaço…

Porque VIDA sem condições dignas, sem respeito, sem o necessário à sua sobrevivência em (repito) dignas condições, sem “mínimos”, é uma indignidade que nos envergonha e quando se chega a nós, esmolando, nos embaraça e aumenta a vergonha que já sentimos.

As guerras, sob todas as formas que revista, são a maior de todas as vergonhas, a que mais nos afasta da condição de seres humanos, porque humanidade implica: alteridade, respeito pelas diferenças, amor, partilha, solidariedade…
As guerras em nome do bem-estar, da preservação do modo de vida da denominada sociedade ocidental…ignomínia pura.

Deixo esta reflexão porque os actos praticados por este mundo fora (alguns por nós, por cansaço e por vezes por indiferença ou desalento) nunca poderão ser símbolos de que na Terra se vive o espírito de NATAL, que é o mais simples, puro e forte espírito de fraternidade que se poderá vivenciar e foi a mensagem mais forte dessa figura que foi a de Jesus e a de tantos outros profetas e avatares de outras religiões.

Porque o que é verdadeiro, genuíno e essencial ao SER humano é igual no pensamento, mensagem, de todos os seres que se constituíram pilares de diversas religiões.

A cada uma das companheiras e companheiros desta caminhada, pelas letras e pelas imagens, deixo este meu sentir em que a mais forte emoção é a vergonha da actual condição do mundo.
Das guerras, da fome, da descriminação, do ódio, da mentira, do engano, do primado do dinheiro sobre o SER.
Continuo a acreditar que um dia saberemos mais e melhor.
Faremos mais e melhor do que agora porque o que se vê de nossos actos, globalmente falando, é menor, redutor da humana essência.

Apesar de tudo isto desejo, para todas e todos vós, um período de paz, harmonia, serenidade e saúde e que de nós sempre alguma luz, pacifismo e fraterno Amor irradie e se espalhe pelo mundo.

A todos vós um grato abraço pela ofertas-partilhas.

Que a luz esteja connosco e sempre brilhe forte irradiando.

domingo, dezembro 09, 2007

Oferta e desafio


E eu a dizer que sim…


E eu a dizer que sim eu a julgar que sim e afinal não. E enquanto eu dizia e pensava que sim a mulher falava e sem lhe ouvir as palavras nem mesmo a olhar sabia que tudo nela dizia que não.
A vida a correr louca e nós cavalos com freios cada um a julgar para seu lado a julgar que julgávamos pensávamos e queríamos o mesmo, mas não.
Porque o real é uma coisa e o que cada um julga acha pensa, e disso se convence, outra.
E cada um a julgar que sim só que o sim de cada um era coisa diversa. Eu a julgar que a nossa diminuta conversa, comunicação, se devia ao facto de nos entendermos até no silêncio às escuras, vendados os olhos nos encontrarmos nos reconhecermos para além da pele. Mas não. Eu a julgar que sim mas não e ela, a mulher, a julgar diferente do que eu julgava. A julgar-me e a raiva insidiosa a crescer nela como o filho que nunca parimos.
E ela a falar e eu a julgar que sim sem a ouvir porque não era preciso ouvi-la. Sabia-a. Conhecia-a. Reconhecê-la-ia. Às escuras vendado cego sem tacto. Reconhecê-la-ia para além da pele. Eu a julgar que sim.
Mas ela mulher, já não égua nem cavaleira, mulher-centauro, abalara à desfilada a inventar novos caminhos a criar mundos que eu desconhecia, nem julgava possíveis, enquanto continuava estirado na cadeira da varanda a julgar que sim a ler o jornal os livros a fazer palavras cruzadas a desvendar charadas porque para mim tudo era manso lago antigo e seguro reconhecido e único território inamovível e inalterável em rotinas de bem-estar harmonia compreensão. Para lá das palavras.
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(Excerto do 1º texto da 2ª parte, Textos InConSequntes, do livro "Salvador o Homem e Textos InConSequentes)
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P.S- para adquirir o livro ou livros encontras os contactos do editor no lado drtº.