segunda-feira, dezembro 31, 2007

Oferta de “varinha de condão”




Como anda meio mundo na costumeira excitação do final de cada ano, acreditando que num passe de mágica tudo se pode recompor e compor num mundo roto, velho, meio podre e adormecido em consequência de humanos actos, fui à procura de uma varinha de condão que aqui deixo esperando que os vossos pedidos sejam atendidos e os resultados positivos.




Assim seja.


E lembra que a magia anda no ar.

Agarra-a e usa-a em todos os restantes dias do ano.

Só assim tudo se concretizará e ganhará pleno sentido.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

evolução

NATAL é nascimento, logo, VIDA.
Mas falar, pensar: VIDA, implica pensar em condições de dignidade e respeito para todos os seres humanos na face desta “bola que rebola” pelo espaço…

Porque VIDA sem condições dignas, sem respeito, sem o necessário à sua sobrevivência em (repito) dignas condições, sem “mínimos”, é uma indignidade que nos envergonha e quando se chega a nós, esmolando, nos embaraça e aumenta a vergonha que já sentimos.

As guerras, sob todas as formas que revista, são a maior de todas as vergonhas, a que mais nos afasta da condição de seres humanos, porque humanidade implica: alteridade, respeito pelas diferenças, amor, partilha, solidariedade…
As guerras em nome do bem-estar, da preservação do modo de vida da denominada sociedade ocidental…ignomínia pura.

Deixo esta reflexão porque os actos praticados por este mundo fora (alguns por nós, por cansaço e por vezes por indiferença ou desalento) nunca poderão ser símbolos de que na Terra se vive o espírito de NATAL, que é o mais simples, puro e forte espírito de fraternidade que se poderá vivenciar e foi a mensagem mais forte dessa figura que foi a de Jesus e a de tantos outros profetas e avatares de outras religiões.

Porque o que é verdadeiro, genuíno e essencial ao SER humano é igual no pensamento, mensagem, de todos os seres que se constituíram pilares de diversas religiões.

A cada uma das companheiras e companheiros desta caminhada, pelas letras e pelas imagens, deixo este meu sentir em que a mais forte emoção é a vergonha da actual condição do mundo.
Das guerras, da fome, da descriminação, do ódio, da mentira, do engano, do primado do dinheiro sobre o SER.
Continuo a acreditar que um dia saberemos mais e melhor.
Faremos mais e melhor do que agora porque o que se vê de nossos actos, globalmente falando, é menor, redutor da humana essência.

Apesar de tudo isto desejo, para todas e todos vós, um período de paz, harmonia, serenidade e saúde e que de nós sempre alguma luz, pacifismo e fraterno Amor irradie e se espalhe pelo mundo.

A todos vós um grato abraço pela ofertas-partilhas.

Que a luz esteja connosco e sempre brilhe forte irradiando.

domingo, dezembro 09, 2007

Oferta e desafio


E eu a dizer que sim…


E eu a dizer que sim eu a julgar que sim e afinal não. E enquanto eu dizia e pensava que sim a mulher falava e sem lhe ouvir as palavras nem mesmo a olhar sabia que tudo nela dizia que não.
A vida a correr louca e nós cavalos com freios cada um a julgar para seu lado a julgar que julgávamos pensávamos e queríamos o mesmo, mas não.
Porque o real é uma coisa e o que cada um julga acha pensa, e disso se convence, outra.
E cada um a julgar que sim só que o sim de cada um era coisa diversa. Eu a julgar que a nossa diminuta conversa, comunicação, se devia ao facto de nos entendermos até no silêncio às escuras, vendados os olhos nos encontrarmos nos reconhecermos para além da pele. Mas não. Eu a julgar que sim mas não e ela, a mulher, a julgar diferente do que eu julgava. A julgar-me e a raiva insidiosa a crescer nela como o filho que nunca parimos.
E ela a falar e eu a julgar que sim sem a ouvir porque não era preciso ouvi-la. Sabia-a. Conhecia-a. Reconhecê-la-ia. Às escuras vendado cego sem tacto. Reconhecê-la-ia para além da pele. Eu a julgar que sim.
Mas ela mulher, já não égua nem cavaleira, mulher-centauro, abalara à desfilada a inventar novos caminhos a criar mundos que eu desconhecia, nem julgava possíveis, enquanto continuava estirado na cadeira da varanda a julgar que sim a ler o jornal os livros a fazer palavras cruzadas a desvendar charadas porque para mim tudo era manso lago antigo e seguro reconhecido e único território inamovível e inalterável em rotinas de bem-estar harmonia compreensão. Para lá das palavras.
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(Excerto do 1º texto da 2ª parte, Textos InConSequntes, do livro "Salvador o Homem e Textos InConSequentes)
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P.S- para adquirir o livro ou livros encontras os contactos do editor no lado drtº.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Amizades, convido-te e espero-te

(Para leres o convite clica sobre ele, que amplia.)
Todas e todos os amigos do GRANDE PORTO, ou os que por aqui andarem, venham até cá.Escrevemos para comunicar.Quando se publica reforça-se esse empenho, desejo, necessidade.Tudo isso.Expomo-nos.Aqui e agora me exponho a vós apelando.Nesse dia, por muito que apeteça ficar na mornidão da casa, venham criar uma onda de genuíno suporte e calor humano .Para comunicar necessitamos dos outros.Comunicadores, ouvidores, potenciais leitores. ...Interlocutores de várias formas.Outra forma de suporte que me podem dar é divulgar pelos vossos contactos.Grata por isso.
P.S - quem não conseguir vir e quiser adquirir p.f envie email com dados: nome e morada, nº exemplares pretendidos para ediumeditores@gmail.com. Será enviado à cobrança.

quinta-feira, novembro 08, 2007

para o avô Alexandre

O avô Alexandre, homem de pequeno porte mas HOMEM grande, foi republicano da 1ª República, maçon e anti-fascista até à morte.
Sócio do Jornal República desde a 1ª hora, cujas acções eu guardava religiosamnete até que com tantas mudanças de casa se extraviaram.

Nunca me deu lições. Os seus actos as davam.
Um dia que foi jantar a nossa casa, a mãe esmerou-se - ainda mais - no menú.
E ela que era uma cozinheira de mão cheia teve azar nessa.
A refeição não saiu como esperado e desejado.

No final do jantar pediu o avô a nossa atenção, levantou-se e fez um breve mas encantador discurso de agradecimento a minha mãe pelo excelso jantar.
Todos desconfortáveis porque sabíamos que não estava tão...excelso quanto isso.
Teria eu os meus sete anos.
Já fora da mesa, pedi-lhe que me explicasse o agradecimento feito até porque os pratos não haviam saído assim tão bem.

Olhou-me e disse: « Filha. Agradeço não pela qualidade do que comi, mas pelo amor e empenho que tua mãe pôs no que confeccionou. Acontece que as coisas nem sempre saem como desejamos. Mas o importante foi o gesto, a totalidade, o empenho e o amor que sei que pôs na confecção desta refeição.»

Nada lhe disse. Compreendera.

E de todas as coisas que me lembro de ter aprendido com ele esta foi a 1ª que me marcou tão profundamente, por isso a evoco ao evocar o dia em que nasceu.

Com gratidão o faço porque de meus antepassados me honro e sempre recebi lições de honradez, respeito e tantos outros valores que muito prezo e são o esteio do melhor que há em mim.

Há 40 anos que partiu. Enquanto eu for viva sua memória perdurará.

Tchim-tchim avô.

Obrigada.

sexta-feira, novembro 02, 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

vosso apoio é necessário - novo livro meu em Dezembro


A EDIUM EDITORES (clica no nome e vais até ao site) com cerca de 80 títulos publicados, prestes a fazer dois anos de actividade, vai editar o meu novo livro: «Salvador, o Homem e Textos InConSequentes»

Sinopse:

«Salvador, o Homem e Textos InConSequentes»


«O livro pode ser dividido em duas partes, das quais, «Salvador, o Homem» abrange cerca de um terço.

Mais próximo da novela do que do conto relata a experiência de Salvador ao descobrir o fantástico que a vida encerra e que o mundo é muito mais do que o que vemos no dia-a-dia, assim como nele, enquanto ser humano, existem dimensões inexploradas, até ignoradas, as quais, quando as descobre e as integra alteram a sua vida e a de todos ao seu redor.

Os textos restantes enquadram-se mais no conceito americano de short-stories e diversificam o leque de leitura de uma forma que cremos será de vosso agrado e em que o próprio título vos permite intuir a existência de nexos, aparentemente inexistentes.

Como na VIDA»


A apresentação do livro ocorrerá no início de Dezembro e estão desde já convidados.

Uns via email, outros via blogues, outros ainda, se conhecer endereços, via CTT.


- Preço de capa: 10,00€/unidade

- Nº de pág.: cerca de 80


Quem quiser pode (e deve, digo eu), fazer desde já a PRÉ-RESERVA do nº de exempares pretendidos - LEMBREM-SE QUE O NATAL ESTÁ À PORTA . VÃO NECESSITAR DE LEMBRANÇAS E PRENDINHAS (MUITAS), MIMINHOS PARA FAMÍLIA E AMIGOS - para EDIUM EDITORES, email: ediumeditores@gmail.c0m


Podem optar por uma de duas modalidades de pagamento:


1 - na recepção do livro enviado à cobrança.

2 - desde já, via cheque ou transferência bancária para a Editora e, neste caso os portes dos CTT ficam a cargo da editora. E vocês sabem bem como os portes encarecem o livro em cerca de 50%...


Hei, não deixes para amanhã.

Faz já as tuas reservas.


Esta política prende-se com o facto de a Editora estar em fase de transição direccionando-se mais para públicos-alvo via internet o que não onera o preço de capa com encargos de distribuidoras e, assim, melhor servir a cultura através da disseminação do livro a preço mais reduzido.


Ainda não encomendaste? Bora lé gente boa.


Conto contigo, contigo e mais contigo............... Com todos vós agora e depois, em Dezembro, ao vivo e a cores :))

domingo, outubro 14, 2007

Paradoxal?



O casal McCann ficou muito “agradado” com a nomeação de Paulo Rebelo para o caso do desaparecimento de Maddie, conforme pude ler na imprensa há mais ou menos uma semana atrás.
Através do seu porta-voz transmitiram um recado ao coordenador. Cito: «Eles esperam que o novo investigador se concentre em eliminá-los da investigação enquanto suspeitos e volte a dar ênfase à procura de Madeleine.»

O porta-voz, Clarence Mitchell continua a afirmar que o casal “nada tem a esconder” e adiantou “existirem explicações totalmente inocentes para tudo o que a polícia portuguesa possa ou não ter encontrado”.*

Como mãe entendo a disposição na busca de uma filha desaparecida, mas não entendo:
· até porque está provado ser pernicioso para qualquer indivíduo, muito mais bebés e crianças na 1ª infância a toma regular de medicamentos, calmantes, soporíferos ou outros;
· que sendo ambos os pais médicos e não pessoas iletradas, com a agravante de terem a formação técnica específica, por força da sua formação, para as consequências futuras na saúde e bem-estar dos filhos, desta prática;
· entendo que desejem, ardente e veementemente, verem-se ilibados do peso que o papel de arguidos acarreta, para seu bem-estar, paz de espírito e desenvolvimento de esforços direccionados para a busca e encontro da filha;
· não entendo que assim sendo a cooperação e a boa vontade tenham cessado mal a situação de arguidos foi criada pelos indícios encontrados.

Todos sabemos que a maior parte de acidentes e morte de crianças ocorre nas residências, no seguimento de acidentes domésticos de vários tipos (as estatísticas mundiais o afirmam categoricamente), assim como sabemos que para afastar de nós a sombra de qualquer dúvida nada melhor do que estar disponíveis, participantes, cooperantes e responder cabalmente, sem silêncios omissões ou meias-verdades a todas as questões que a investigação levantar. Porque, não sendo polícia, ou investigadora policial, já percebi que a investigação, ela mesma, é que levanta as questões a que os investigadores dão voz e para as quais procuram obter respostas que mostrem um puzzle coerente, sem lacunas nem buracos.

Louvável pois o desejo dos pais de Maddie.
Só não sei como esperam que tal aconteça se e ou enquanto houver questões a que não respondem, evitam ou se limitam, de auta-voz ou via porta-voz, a reafirmar o quão ofensivo é serem considerados arguidos.

Dos livros, séries e filmes há muito deduzi que o primeiro trabalho da polícia é eliminar as pessoas mais chegadas para se concentrarem noutras pistas.
Neste infeliz caso a teia do rapto foi de tal forma urdida pelo casal que cegou os investigadores (peço que me desculpem se tal não aconteceu, mas pelo conhecimento via media é o que me parece desde o início) e por ela seguiram às cegas conduzidos pelos progenitores da criança e do circo mediático que estes criaram com imensa poeira no ar sem nunca assentar e permitir melhor visibilidade.

Se aos pais interessa que a verdade apareça, estou segura que, tanto quanto a eles interessará á polícia portuguesa e, muito mais à criança, se esta ainda viver.
Casal MacCann, responda, colabore, coopere.
Não se esconda, como o faz, cada vez mais, atrás de uma imensa equipa de técnicos nas áreas de comunicação, marketing e jurisprudência, mal algo descambou para o seu lado.

Um casal que demonstrou uma força, determinação e racionalidade na orquestração e entrega das matérias a bons “maestros” das diversas áreas súbito fica frágil, inseguro, ofendido, só porque os indícios lhes não são favoráveis e a polícia, de acordo com estes e subsequentes interrogatórios faz o que qualquer polícia do mundo faria?

Acho que só há uma forma: voltarem à colaboração, cooperação aberta e verdadeira com respostas inteiras que não deixem espaços vazios, lacunas, aspectos duvidosos e incompreensíveis.

De outra forma creio que uma suspeita bailará para sempre, presa na teia da tempestade de areia que eles próprios criaram, desenhando, a ponto e traço, o rosto da infeliz Maddie,
mesmo que a “orquestra” de advogados e a falta de provas não permita chegar a uma conclusão definitiva, caso esta não seja encontrada.
Morta, ou viva.
*
Fonte: J.N, 2007.10.10:12, Rita Jordão, correspondente em Londres

sexta-feira, setembro 14, 2007

é tão longo este corredor

O indefinível lugar
de nós que é volátil
e não sendo matéria
somos nós inteiros.

O longo corredor branco
com as enormes
janelas cheias de luz e sol
não se torna mais acolhedor.
A luminosidade
não nos aquece,
antes aumenta a dimensão
do interminável espaço.

Caminho por ele
e nunca mais termina.

As portas laterais
abrem para outros corredores.
Tão intermináveis e áridos como este.

Caminho
não sei há quanto tempo
nem sei por quanto tempo.

Sei que não posso parar
por isso continuo a caminhar.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Parabéns filhot'Alexandra

apetece-me a lua

(dedicado à Alexandra)



apetece-me a lua.
porque ela e eu
somos feitas
da mesma matéria
e vogamos nos mesmos
espaços.

somos feitas
da matéria que
constrói e alimenta
os sonhos
e vogamos tanto
no ar
como na água.

e porque o comum
dos mortais
olha para o chão
e eu olho para cima
para os astros
para o além
sem limites
nem barreiras
e ela, lua,
não se cansa
de correr pelos espaços
atrás do sol
sem sabermos quem é
perseguido ou perseguidor.

por isso
chego à janela mais alta
e estendo o braço
a tocá-la.



como quem acaricia
teu rosto


sábado, setembro 01, 2007

Federico Fellini - Amarcord - « "A" CENA»

Sobre os dois últimos post's da Teresa D. (http://teresadavid.blogspot.com/)
e a questão do homem que, de cima da árvore grita : "Voglio una donna", num dos filmes de Fellini , deixou-me confusa o facto de a cena se passar em Amacord onde não o conseguia visualizar por a memória ter tais falhas - acontece aos melhores o que nem sequer é o meu caso - mas não conseguia....
Não duvidei da informação e rectificação.
Queria, mais, necessitava visualizar a cena no contexto do filme.

Como gosto de (re)por as ideias em ordem, vá de pesquisar, de ler sinopses do filme até colocar o homem no contexto da narrativa fílmica porque nestas coisas sou obstinadíssima.
Se me puserem um problema à frente enquanto não o resolver nada mais interessa.
Nada me demove.
Nem fome (vontade de comer), nem sede..., qual almoçar, jantar ou dormir...?
Ná, tenho que chegar ao fim.
À conclusão.
Assim, pelo empenho da Teresa, pelo sentido significante que o homem e o seu grito lhe deixaram e ela nos passou aqui lhe oferto o vídeo e mais alguma informação:
- O homem corresponde à personagem "tio "Fada"":
«L'oncle "fada" qui se réfugie au sommet d'un arbre et réclame à tue-tête, des heures durant, "une femme". C'est la redoutée "Soeur naine" qui l'en fera descendre.»


sexta-feira, agosto 17, 2007

pistas para o maior tesouro


Já não lembro se o intuí ou não.
O que importa é que a vida se encarregou de me mostrar como é verdadeiro este pensamento.

E tu, já reflectiste no modo como te relacionas com as dificuldades que te surgem?
Em que medida te transformas no teu maior obstáculo-problema?

Diz-me coisas........................................................................................................................................
...................................................................................................................................................................



sábado, agosto 04, 2007

domingo, julho 29, 2007

gosto desta foto que tirei

mas vocês sabem que planta é esta?
Não?
Deixem-me então arregaçar as mangas das memórias mais antigas e dizer-vos do que sei e provavelmente outros dirão de forma diferente.
*
Aprendi com o caseiro do Monte de meus pais, no meu Alentejo de luz, e sol (não de justiça).
*
Ensinou-me ele que esta planta se chama "corriola" e que é muito apreciada pelos coelhos.
E lá ia eu, feliz, pardal saltitante, correr os campos em busca da dita corriola para levar um braçado dela aos coelhos na sua imensa casa de dois pisos e algumas divisórias, pois muitas vezes era necessário separar os machos das fêmeas, depois da procriação.
Estes eram dados a...comer as crias!
Nem todos, mas maioritariamente.
Outro dia deparei com a dita corriola, que é planta trepadeira, a maior parte das vezes rastejante, pois sendo erva é arrancada e os pés que sobram nunca têm muito onde se agarrar para trepar. Dei então com corriola florida com as suas lindas câmpanulas que fecham ao fim do dia e voltam a abrir na manhã seguinte.
A menina que já fui, não resistiu.
Pedi desculpa á planta, pois inútil era meu gesto já que não havia coelhos para dela se alimentarem, e arranquei-lhe três pés que aqui vos apresento e oferto.
***
N.B- o nome corriola ou curriola não consta do diccionário (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea. (2001) Academia de Ciências de Lisboa. Verbo Editora. Será pois uma designação popular e talvez regional.
***
EM TEMPO: A D. Galinha, no seu comentário como: "eu" - dá informações sobre a palavra que nomeia esta planta. Afinal existe. Não no meu diciionário no qual já detectei "n " falhas elevado ao cubo, pelo menos.
E o preço sofreu do mesmo mal, Foi elevado para aí à 4ª potência.....
Já lhe tirei o acento e quem quiser saber mais lei p.f o referido comentário.

quinta-feira, julho 19, 2007

sábado, julho 14, 2007

frase do: DIA: SEMANA. MÊS, ANO...para a vida!


"Os que embarcam nos botes estão praticamente mortos e pensam: se já não existo, porque não arriscar?!"
Youssou N´Dour - músico senegalês, sobre o desespero dos africanos que tentam imigrar clandestinamente para a Europa. El País Semanal (in: Notícias Sábado, nº79, de 14.07.2007:81 - DOIS DEDOS DE CONVERSA,
por José Martins Lampreia)


quinta-feira, julho 05, 2007

fui desafiada e não fugi ao desafio e tu?



não receio expor-me.

Então, Bicho-de-conta passou por aqui.
Não sei como veio, se caminhando se enroladinho/a, rolando, rolando....(desculpa a brincadeira) e deixou-me o desafio.

Bom, cá vai, ao sabor da corrente, ou seja, dos dedos nas teclas.

1. Nasci no sul, ao Sul;
2. Aconteceu os ventos da vida me soprarem para norte. E já lá vão mais de 2/3 da vida. Aqui, no Norte. Mas SOU do SUL. Correm-me o sol e as perfumadas brisas no sangue;
3. Amei profundamente e igualmente fui amada. Um dia perdemo-nos. Ficaram 3 filhas maravilhosas e a certeza do vivido;
4. A vida me tem dado de tudo. Coisas boas, coisas menos boas, coisas más, difíceis, muiuiuitaassss…..e não para. Tudo ganho a pulso.
Cá vou. Fazendo rupturas e reconstruindo-me. Inventando-me de cada vez.
5. E tenho conseguido passar por tudo sem criar azedumes, rancores…Isso me faz bem. Tento manter a alma limpa de ervas daninhas;
6. Nasci, cresci, envelheço, de bem com a vida e a idade apesar do corpo e o esqueleto me darem umas chatices. Eu não sou o meu corpo e fico feliz quando faço mais um ano de vida. Tanta gente mais nova se foi…. Estar vivo é um privilégio e nunca o esqueço, sem medo. Antes com alegria;
7. A morte já passou muitas vezes por mim, começou à nascença….

E agora sei lá se posso classificar estes pensamentos que por aqui semeei como “factos casuais”….Mas quem me desafiou não disse quais as normas. Fui à procura na fonte que
a desafiara…. e aqui vos deixo, citado, o que encontrei:

“As regras são:- Cada pessoa escreve sete factos casuais sobre a sua vida.- Depois passa o desafio a outras sete - Deixando um comentário no seu blogue para que essa pessoa saiba que foi desafiada.”
DESAFIO:
  1. Adryca
  2. Blueshell
  3. Maria M
  4. Menina Marota
  5. Água Quente
  6. Gato na Paisagem
  7. Sei Que Existes

quarta-feira, julho 04, 2007

Porque será, pergunto eu?


"INCÊNDIOS" - dão-nos conta de que até ao momento (2 do corrente), se registaram menos de metade dos incêndios que a média dos últimos cinco anos e menos 18% de área ardida.

(Jornal DestaK:04)

P.S - atenção incendiários: há horas extra a fazer este ano..........

domingo, junho 24, 2007

em ano de centenário

e depois da noite mais pagã deste país - á beira mar plantado - falo, é claro, do S. João do Porto em que a noite se ilumina e o escuro céu se enche de brilhantes, efémeras e viajantes estrelas que seguimos com o olhar esperando não sabemos bem o quê, pois cada um o guarda bem no seu âmago, vi os céus ilumindos por luzes, fogo-fátuos, pirilampos de alta navegação e curso, sonhos luminosos viajando a noite e pensei que era altura de voltar ao meu BALÃOZINHO.
E com dignidade depois de tão longa ausência.
Por isso trago, e deixo, um breve apontamento sobre um grande escritor português, na voz de outro, seu par.
Na "voz" escrita de António Rebordão Navarro
"RESIDÊNCIA FIXA DO POETA MIGUEL TORGA"
Pode ser a morte com seus brutos,
seus bruscos movimentos,
seus podres girassóis,
os seus anéis de espelhos,
pálidos aos sábados.

Pode ser a morte,
derramando matinais fulgores
nas cicatrizes desses corpos
que perderam as asas.

Podem ser os crepúsculos
de poalhas douradas
no Parque da cidade
ou princípios de tardes,
porventura mais tristes,
que logo perderão as cores do hábito,
seus espaços concretos.

Pode ser a vida e os seus relógios
de sol e a lua, adolescentes ventos
com dentes como estrelas,
uma carruagem de combóio
e vultos diluídos nas paisagens passadas.

Podem ser os bichos que sem tempo
dispoem seus vestígios indeléveis
sobre a luz mais intensa
do mais puro diamante.

Pode ser a sombra, pode ser a terra
nascida do ventre.
Podem ser os homens
cobertos pela tinta da evidência.

Em qualquer dia
de qualquer calendário,
pode o poeta Miguel Torga
descer em vão aos céus,
sem sucesso ascender aos infernos.
Mora aqui

N.B - poema publicado na Colectânea "CÂNTICO EM HONRA DE MIGUEL TORGA", pela Editora,"Fora do texto". Coimbra:1996

quarta-feira, maio 30, 2007

terça-feira, abril 24, 2007

25 de ABRIL SEMPRE (apesar dos pesares)



GRÂNDOLA VILA MORENA

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade


José Afonso* (in "Cantigas do Maio", Orfeu, 1971; reed. Movieplay, 1987)

terça-feira, abril 17, 2007

Orla Marítima


O tempo das suaves raparigas

é junto ao mar ao longo da avenida

ao sol dos solitários dias de Dezembro

Tudo ali pára como nas fotografias

É a tarde de Agosto o rio a música o teu rosto

alegre e jovem hoje ainda quando tudo ia mudar

És tu surges de branco pela rua antigamente

noite iluminada noite de nuvens ó melhor mulher

(E nos Alpes o cansaço humanista canta alegremente)

«Mudança possui tudo?» Nada muda

nem sequer o cultor dos sistemáticos cuidados

levanta a dobra da tragédia nestas brancas horas

Deus anda à beira de água calça arregaçada

como um homem se deita como um homem se levanta

Somos crianças feitas para grandes férias

pássaros pedradas de calor

atiradas ao frio em redor

pássaros compêndios de vida

e morte resumida agasalhada em asas

Ali fica o retrato destes dias

gestos e pensamentos tudo fixo

Manhã dos outros não nossa manhã

pagão solar de uma alegria calma

De terra vem a água e da água a alma

o tempo é a maré que leva e traz

o mar às praias onde eternamente somos

Sabemos agora em que medida merecemos a vida.


Ruy Belo, in "Homem de Palavra(s)": 1970

quarta-feira, março 28, 2007

convite

a todos os que por aqui passarem deixo o convite.
Sem vós esta é uma "missa" que não pode ser oficiada.
A poesia é comunicação aberta e pura entre o poeta - através das palavras que expressam sentires - nós, e os outros.
Estaremos à vossa espera:sábado, 31 do corrente pelas 21h30,no Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta,para participarem na apresentação do1º volume da ANTOLOGIA de poesia, DezSeteiniciativa da EDIUM EDITORES


O nome deriva do facto de a ANTOLOGIA ir colectar poemas de sete poetas de cada uma das 10 freguesias do Concelho de Matosinhos.Neste volume, para quem anda na blogosfera, participam a Maria Mamede, esta que vos fala e o António Durval.
Acrescem, de fora deste espaço, Maria José Rocha, Teresa Gonçalves e Vitor Carvalhais.
Por último destaco o meu amigo Daniel Gaspar, poeta e auto-didacta, falecido.Os poetas lerão dois dos poemas constantes da mesma e contamos com a presença de um grande"diseur" - o Amilcar, bem conhecido dos amantes da poesia.Intervalando os poetas, o Carlos Andrade encantará com a voz a e viola.Esperamos por vós.Estas acções não têm sentido sem a presença dos amigos.

Mesmo daqueles que só conhecemos por estes caminhos e encruzilhadas.

P.S - agradeço divulgação.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

dizem

que sempre rebenta do lado do mais fraco.
Talvez!
Mas o que é: "ser mais fraco?" Ou "quem é mais fraco"?
Inquiro-me se por vezes, nas relações humanas e sociais, esse tal "rebentar" não ocorre do lado do mais forte, do que não precisa teimar nem impor para ser seguro de si e pretende antes conciliar e desenvolver espaços de equilíbrio e harmonia.

Diz-me de tua justiça.

sábado, janeiro 27, 2007

SONHO OU REALIDADE?


Há um sonho que me habita.

Habita-me desde que de mim tomei conhecimento e consciência.
É um sonho diferente dos outros.

Mais do que um sonho parece memória em mim inscrita que se expressa numa vontade, numa ânsia, numa fome, sempre que estou frente ao oceano.

E as imagens correm como que vividas.

Vejo-me. Largando as roupas, mergulhando e seguindo sempre as profundas águas e correntes como qualquer ser marinho.

Sinto, vivo por dentro, uma consciência de “ser” golfinho e de assim poder agir, que, de tão forte, chega a ser compulsiva na vontade de a testar.

Há quem me chame ORCA e diga que a minha pele, quando do mar saio, brilha e cintila ao sol como se constituída por minúsculas escamas.

Memórias ou possibilidade?