segunda-feira, outubro 24, 2005

Factos avulsos



1. Há anos, quando o Dr. Cavaco Silva era 1º Ministro, após visita a uma suinicultura, à saída da mesma, interpelado pelos jornalistas, Vi e OUVI, na TV, em directo, o seguinte: “acabei de visitar uma porcaria...”

2. O senhor tão pouco sabia quantos cantos compõem os Lusíadas.
Terá tal facto menos gravidade do que Santana Lopes e os famosos violinos de Chopin?

Entrevistado no dia seguinte à declaração de candidatura à presidência começou a falar como P.R, mais adiante dando pelo grave lapso (ai o que Freud ia delirar) lá emendou a mão e passou a dizer: “um candidato a presidente!”! Para mim o senhor julga-se O Salvador da Pátria. O Vindo dos nevoeiros....O círculo que o rodeia alimenta-lhe, por certo, tal sentir. É um pouco o mesmo que alimentar um burro a pão-de-ló. O ego cresce.

Como primeiro-ministro penso que funcionou mais como um contabilista do que outra coisa...fez coisas boas? Pudera, tanto tempo não dá só para fazer disparates...

3. Ainda nesta entrevista referiu-se à Assembleia Nacional....foge-lhe a boca...

4. Esforçou-se para assegurar aos portugueses que não irá liderar nenhum golpe constitucional contra o actual regime presidencial definido constitucionalmente. Pois a esse propósito o artigo de um seu apoiante, saído na semana anterior, pusera o país em polvorosa. Por mim penso que o artigo tem mais a ver com a personalidade dele do que a forma como o regime presidencial está actualmente definido. Ao primeiro balançar de instabilidade (e são tantos) lá voltariam aqueles princípios e a tentação! Vade retro....

5. O senhor Alberto, que mora num jardim, ainda há coisa de um ano (congresso do PSD), desaforadamente dizia ao senhor Silva (leia-se Cavaco) que não era ninguém e nada sabia. Agora desfaz-se em elogios.

Ah, como eles divertiriam o país se tivessem só o papel de bobos em vez do de políticos....

6.A Constituição da República Portuguesa define como órgãos de soberania:
O Presidente da República;
A Assembleia da República:
O Governo e os
Tribunais.

Confesso que na minha cabeça custa a entrar o facto de um ÓRGÃO DE SOBERANIA FAZER GREVE? E se os outros três, ou pelo menos dois deles decidem fazer greve também? De certeza que entramos (mais uma vez, no Guiness Book).


Alguém me explica como pode um órgão de soberania fazer greve? O que a legitima?

P.S - este texto foi postado, no passado dia 22, no
Orgia Política