quinta-feira, novembro 29, 2007

Amizades, convido-te e espero-te

(Para leres o convite clica sobre ele, que amplia.)
Todas e todos os amigos do GRANDE PORTO, ou os que por aqui andarem, venham até cá.Escrevemos para comunicar.Quando se publica reforça-se esse empenho, desejo, necessidade.Tudo isso.Expomo-nos.Aqui e agora me exponho a vós apelando.Nesse dia, por muito que apeteça ficar na mornidão da casa, venham criar uma onda de genuíno suporte e calor humano .Para comunicar necessitamos dos outros.Comunicadores, ouvidores, potenciais leitores. ...Interlocutores de várias formas.Outra forma de suporte que me podem dar é divulgar pelos vossos contactos.Grata por isso.
P.S - quem não conseguir vir e quiser adquirir p.f envie email com dados: nome e morada, nº exemplares pretendidos para ediumeditores@gmail.com. Será enviado à cobrança.

quinta-feira, novembro 08, 2007

para o avô Alexandre

O avô Alexandre, homem de pequeno porte mas HOMEM grande, foi republicano da 1ª República, maçon e anti-fascista até à morte.
Sócio do Jornal República desde a 1ª hora, cujas acções eu guardava religiosamnete até que com tantas mudanças de casa se extraviaram.

Nunca me deu lições. Os seus actos as davam.
Um dia que foi jantar a nossa casa, a mãe esmerou-se - ainda mais - no menú.
E ela que era uma cozinheira de mão cheia teve azar nessa.
A refeição não saiu como esperado e desejado.

No final do jantar pediu o avô a nossa atenção, levantou-se e fez um breve mas encantador discurso de agradecimento a minha mãe pelo excelso jantar.
Todos desconfortáveis porque sabíamos que não estava tão...excelso quanto isso.
Teria eu os meus sete anos.
Já fora da mesa, pedi-lhe que me explicasse o agradecimento feito até porque os pratos não haviam saído assim tão bem.

Olhou-me e disse: « Filha. Agradeço não pela qualidade do que comi, mas pelo amor e empenho que tua mãe pôs no que confeccionou. Acontece que as coisas nem sempre saem como desejamos. Mas o importante foi o gesto, a totalidade, o empenho e o amor que sei que pôs na confecção desta refeição.»

Nada lhe disse. Compreendera.

E de todas as coisas que me lembro de ter aprendido com ele esta foi a 1ª que me marcou tão profundamente, por isso a evoco ao evocar o dia em que nasceu.

Com gratidão o faço porque de meus antepassados me honro e sempre recebi lições de honradez, respeito e tantos outros valores que muito prezo e são o esteio do melhor que há em mim.

Há 40 anos que partiu. Enquanto eu for viva sua memória perdurará.

Tchim-tchim avô.

Obrigada.

sexta-feira, novembro 02, 2007