terça-feira, fevereiro 28, 2006
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
É na penumbra
É na penumbra que as almas se elevam e voam.
A penumbra existe,
está lá para que elas possam brilhar plenamente
com a sua luz interior
agora liberta da matéria.
A penumbra não é uma coisa má,
uma luz doentia.
É, tão só, o contraste
necessário para o brilho da luz e do dia.
Nela as almas brilham,
esvoaçantes como pirilampos
e anulam-na,
pois para ser anulada ela existe.
P.S- quem ainda não conhece o rosto da Rita, que desapareceu no passado dia 17 em Matosinhos, p. f. veja o post abaixo e divulgue.
A penumbra existe,
está lá para que elas possam brilhar plenamente
com a sua luz interior
agora liberta da matéria.
A penumbra não é uma coisa má,
uma luz doentia.
É, tão só, o contraste
necessário para o brilho da luz e do dia.
Nela as almas brilham,
esvoaçantes como pirilampos
e anulam-na,
pois para ser anulada ela existe.
P.S- quem ainda não conhece o rosto da Rita, que desapareceu no passado dia 17 em Matosinhos, p. f. veja o post abaixo e divulgue.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Pedido de ajuda
Está confirmado!
Eu, TMara, acabei de ligar aos familiares e confirmei a veracidade desta situação.
Já hoje, pelas 07H30, vira afixado em cxs Multibanco aqui do concelho de Matosinhos o apelo com o retrato da RITA MADUREIRA.
Por isso estejam atentos e divulguem via email e nos vossos blogues.
VEJAM COM ATENCAO A FOTO DA RITA.
TRATA-SE DE UM DASAPARECIMENTO OCORRIDO NA PASSADA SEXTA-FEIRA DIA 17/02/2006 POR VOLTA DAS 9 HORAS DA MANHÃ, JUNTO AO CAFE INTERNACIONAL EM MATOSINHOS NA PARAGEM DO METRO.
OS CONTACTOS DOS FAMILAIRES ESTÃO NA FOTO E OS DE TRABALHO ESTÃO EM BAIXO.
CASO TENHAM ALGUMA NOTICIA PF ENTREM EM CONTACTO IMEDIATO.
COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER O CASO ESTÁ A SER ACOMPANHADO PELA JUDICIÁRIA.
P.F. PENSEM NA ANGÚSTIA DESTA FAMÍLIA E ABRAM OS VOSSOS BLOGUES E EMAILS A ESTE APELO.
Contactos (horário laboral):
Jose Fortuna
Grupolis Transitários, Lda
Rua do Castanhal, Nº29
Zona Industrial da Maia 1 - Sector II
4475-122 Gemunde
Portugal
Tel: +351 229 470 290 Fax: +351 229 966 718 jfortuna@grupolis.pt www.grupolis.com
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Vivi nos penhascos
Vivi nos penhascos da loucura.
A atracção do abismo puxava-me e, mais do que uma vez, deles me debrucei pensando deixar o corpo cair. Solto. Pássaro em queda.
Olhava e via o nada.
Um vazio imenso.
Sem princípio nem fim.
Sem luz nem estrelas.
Lugar onde nada começa mas tudo acaba.
Tentei abandonar os penhascos mas sempre a eles voltei, alucinada,
àquele vórtice de atracção fatal que me induzia a soltar os pés e iniciar a irreversível queda.
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Hoje
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Nada de irremediável
Sabia que nada de irremediável lhe acontecera.
Apesar de abrir os olhos e não ver, de não ouvir qualquer som, de tentar falar e não articular palavra ou qualquer som lhe sair da boca, apesar de sentir o corpo e não o conseguir mover, sabia que nada de irremediável lhe acontecera.
Decidiu então aproveitar e descansar. Fechou os olhos que não viam, relaxou os membros que se não moviam, e centrou-se no pensamento e em situações de bem-estar e paz, momentos de alegria e contentamento, vividos.
Deixou-se flutuar nesse limbo interior sem tempo, enquanto este fluía.
O corpo, deitado na cama do hospital, era uma chaga de carne em sangue, tendões e ossos expostos, uma ferida aberta de onde irradiavam tubos a entrar e sair por todo ele ligados a máquinas de suporte de vida e que enchiam o pequeno cubículo isolado onde se encontrava.
Havia sempre, do lado de fora do vidro, pessoal de serviço, vigilante aos monitores e à paciente, numa concentração total e dolorosa até, pelo nível de concentração que se impunham.
O hospital agitava-se num frenesim temeroso poucas vezes antes sentido, tal a importância atribuída àquele ser humano, ao seu papel no mundo em prol da paz global e definitiva.
Salvar a mulher era um imperativo.
O medo do insucesso uma sombra que os seguia e oprimia.
Enquanto isso, a mulher jazia no leito, desligada de todo e qualquer sofrimento, com a consciência plena de que nada de irremediável lhe acontecera.
No momento em que o coração parou de bater um sorriso espelhou-se-lhe no rosto antes inexpressivo e, enquanto a mulher que morria sorria, por todo o mundo as lágrimas caíam dos rostos como caudalosos rios e, no hospital um silêncio de dor e respeito, juntamente com a consciência de uma perda imensa, percorreu todos os corredores, quartos e salas, como um vento desnorteado.
Só a mulher que morrera sabia que nada de irremediável acontecera.
domingo, fevereiro 12, 2006
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
querem ver o vosso nome em japonês?
Então cliquem no link abaixo, mas usem só minúsculos sem acentos nem cedilhas:
TRADUTOR PARA JAPONÊS
Esta k s'assina:
TRADUTOR PARA JAPONÊS
Esta k s'assina:
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Há frases e palavras...
...que sempre me incomodaram.
desde criança e que com o passar dos anos não deixaram de me perturbar.
Antes pelo contrário.
"NO MEU TEMPO..."
Perguntava directamente às pessoas: "porquê, já morreu?"
Ainda continuo perguntando (ainda que por vezes já me canse)pelo absurdo que a frase encerra.
O MEU tempo será todo!
Até ao último suspiro e pensamento.
"HABITUAMO-NOS A TUDO..."
Esta então tira-me do sério.
Não acho que nos habituemos a tudo, muito menos que tenhamos que nos habituar.
Esta pacifidade mórbida, fatalista chateia.
Está eivada de derrotismo, de impotência assumida.
Sem mais qualquer investimento e/ou esforço.
Depois há palavras que surgem no meio dos diálogos que chateiam pela banalidade, inconsequência e preguiça mental...
"POIS É!"
"ORA BEM...."
"ORA POIS.."
E como não me adapto a tudo cá vou insistindo na minha.
Tenham um muito bom dia e VIVAM até à última gota.
Bebam a vida.
Suguem-lhe o tutano, roam-lhe os ossos, mastiguem-nos e...cuspam-nos!
Recomecem!
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Hoje
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
e então....
domingo, fevereiro 05, 2006
resposta a um desafio e...desafiando
Fui desafiada pela Isabel e José António a referir cinco das minhas manias.
Foi aí que apanhei um susto e descobri que tenho muitas.
Optei pelas de frequência/permanência diária.... imprescindíveis no meu quotidiano e ao longo da vida.
Ora aqui estão:
1) Não gosto de rotinas obrigatórias. Desconstruo-as quando percebo que alguma se começa a instalar:
Exº: sempre o mesmo corte de cabelo ; os mesmos percursos, frequentar sempre os mesmos cafés a uma certa hora; as mesmas comidas e pior se tiverem dia certo....
2) Gosto de apanhar, e trazer para casa seixos, pedras, em k sinto vibrações especiais. Tenho-as pela casa. Isoladas, ou em pequenas taças....
3) Tenho sempre taças com água espalhadas pela casa.
4) Acendo velas pela casa, queimo incenso e levo-os comigo quando viajo.
5) Gosto de ter outros animais (não humanos) a viverem comigo.
AGORA passo o testemunho a:
1 - Safo
2 - Rubens
3 - Teresa
4 - Spartakus
5 - Macaco Adriano
sábado, fevereiro 04, 2006
Floriram as laranjeiras no tempo
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
A madrugada apanhou-me....
A madrugada apanhou-me desprevenida.
De olhos abertos, fixando a abóbada celeste.
A luz dos candeeiros da rua ofuscava o brilho das estrelas, mas ainda assim conseguia ver muitas e vi-as rodar à medida que a noite avançou.
Posteriormente vi-as, como que diluírem-se no azul com o avançar da madrugada.
O curioso é que não tinha nada específico para fazer.
Não estou a ler nenhum daqueles livros que se lêem de fôlego, sem parar.
Nenhuma outra tarefa me impunha uma "directa".
Nada de nada (conscientemente) me obrigava a manter a vigília.
Estava acordada porque sim!
Os pensamentos não me eram mais pesados do que habitualmente (talvez a tragédia - densa palavra - seja o dia a dia ser um fardo tão grande).
Era tudo e era nada: os problemas, as tristezas, as ausências..., mas também um certo bem-estar por estar viva num planeta tão belo.
O que mais dói é este amor perdido, sem razão, sem razões.
Há muito perdido e ainda tão presente.
O outro, sentido como uma parte de mim que se foi.
Tanta água já correu por debaixo destas pontes....Tanta mais correrá e nós sem de nós sabermos.
Porque foi que nos perdemos um do outro no caminhar?
Como se um fosse pela bifurcação da direita e o outro, pela da esquerda.
Parecia caminharmos a par... Ilusão!
Súbita e dolorosa a percepção de que nos afastáramos irremediavelmente, que a comunicação era toda deturpada, que os interesses e a percepção do mundo nos antagonizavam. Para além do imaginável.
Perdemo-nos.
Fomos encontrando bocados de nós e com eles reconstruindo novos seres, que continuam vivos e criaram novas vidas.
Não é saudosismo. Nem sei o que isso é.
Nunca passei nesse quintal!
É um pouco como a consciência de algo perfeito que se teve, viveu e se perdeu!
De olhos abertos, fixando a abóbada celeste.
A luz dos candeeiros da rua ofuscava o brilho das estrelas, mas ainda assim conseguia ver muitas e vi-as rodar à medida que a noite avançou.
Posteriormente vi-as, como que diluírem-se no azul com o avançar da madrugada.
O curioso é que não tinha nada específico para fazer.
Não estou a ler nenhum daqueles livros que se lêem de fôlego, sem parar.
Nenhuma outra tarefa me impunha uma "directa".
Nada de nada (conscientemente) me obrigava a manter a vigília.
Estava acordada porque sim!
Os pensamentos não me eram mais pesados do que habitualmente (talvez a tragédia - densa palavra - seja o dia a dia ser um fardo tão grande).
Era tudo e era nada: os problemas, as tristezas, as ausências..., mas também um certo bem-estar por estar viva num planeta tão belo.
O que mais dói é este amor perdido, sem razão, sem razões.
Há muito perdido e ainda tão presente.
O outro, sentido como uma parte de mim que se foi.
Tanta água já correu por debaixo destas pontes....Tanta mais correrá e nós sem de nós sabermos.
Porque foi que nos perdemos um do outro no caminhar?
Como se um fosse pela bifurcação da direita e o outro, pela da esquerda.
Parecia caminharmos a par... Ilusão!
Súbita e dolorosa a percepção de que nos afastáramos irremediavelmente, que a comunicação era toda deturpada, que os interesses e a percepção do mundo nos antagonizavam. Para além do imaginável.
Perdemo-nos.
Fomos encontrando bocados de nós e com eles reconstruindo novos seres, que continuam vivos e criaram novas vidas.
Não é saudosismo. Nem sei o que isso é.
Nunca passei nesse quintal!
É um pouco como a consciência de algo perfeito que se teve, viveu e se perdeu!
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