sexta-feira, maio 16, 2008

Uma "Janela do Ocaso"


Há uma Janela do Ocaso de onde se vê o pôr do Sol e à medida que este se vai ilumina a sabedoria, sem alarde, dos olhos que dali fitam o mundo e mais tarde repousam, um pouco, na serenidade da alma porque na vida muita atribulação encontram e observam.

Palavras "roubadas" a José António Barreiros, dia 5.5.08.






domingo, maio 04, 2008

2º Jogo das 12 Palavras -outros textos


1 -Ténue/2- Linha 3-Sombra/4- viagem/5- licença/6- envolvente/7-degrau/8- sol/ 9- caixa/
10- chocolates/ 11- flores/12- vida/
Podem ler os textos de todos os participantes no Eremitério.
Estes são extra participação.
A

Quando a envolvente luz do sol iniciou a viagem, sem licença, a caixa abriu-se e uma ténue mas pertinaz linha de sombra, cor de chocolate, saiu, rastejando degrau a degrau, numa tentativa de dominação do mundo.
Porém esbarrou nas flores feitas fronteira.

Intransponível barreira de perfume, cor e vida.

B

É noite. Na profunda treva a sombra envolvente domina.

A ténue linha de sol, sem licença, iniciou viagem para iluminar o degrau que à tua morada conduz, alimentar as flores, colorir a vida e orientar minha boca em busca da tua, favo de mel, caixa dos mais requintados chocolates revigoradores.

C

A vida é uma viagem.
Um degrau na nossa evolução.
Entramos e saímos sem pedir licença.

Há dias em que o sol impera e a vida é doce como os mais finos chocolates. Suave caminho perfumado por milhares de flores. Mas muitos mais há em que a sombra domina tomando terríveis formas. Desencadeando dores que nos devastam. Fazendo-nos sentir encurralados em pequena e escura caixa de que alguém jogou a chave fora…

Ainda assim, tão envolvente é seu fascínio que tudo fazemos para a prolongar sabendo embora que ténue é a linha que a separa da morte.