sábado, dezembro 20, 2008

Poema de António Rebordão Navarro

Ao Silvestre Fonseca

Concerto

Esse milagre de

dar música aos dedos

e às mãos, sob a lua, na rua

iluminada de Pavia.

Esse mistério

de transformar os instrumentos,

mudá-los,

fornecend-lhes pátalas

suavíssimas, criando os movimentos

do tempo, da esguia figurnha

voltejando no ritmo,

esse jovem mistério

vindo do ventre magnânimo

gerador da poesia.

A majestade humilde,

o riso, o canto,

esse espanto e mstério

de dar às manhãs todos os dias.

Vila Viçosa, 9-06-1987

in: 27 Poemas. 2008. S. Mamede de Infesta: Edium Edites: 30

Para veres a foto reportagem da apresentação das duas reedições do autor vai a Estranhos Dias e Corpo de Delito