e há esta tensão constante...
não é ambivalência.
é mais dicotomia....
vontade de ir e de ficar.
de partir.
sem rumo, ou rumos.
partir só por ir...
há tanto mundo para andar,
tantas gentes, falas, cores, odores,
modos de ser e estar...
é tão vário o mundo....
partir nas brisas. com as brisas....
por dentro delas navegar mundo.
partir sem destino
deixar-se levar
pelo novo mistério
que se levanta a cada movimento.
mistério que é
partir e seguir caminhos inesperados
porque nenhum é esperado,
procurado...
caminhos que se levantam debaixo
dos pés. que surgem
nas curvas e nas esquinas,
sejam bicudas, rombas ou arredondadas.
nos olhares,
na brisa que nos interpela.
minha alma é vagabunda.
nómada.
sem me dar conta ancorei-a.